sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Alguém comentou...

... sobre um filme com Jack Nicholson e Morgan Freeman, sobre dois homens em estado terminal que decidem se aventurar nos últimos meses de vida. Pois bem, o filme passou ontem na TV e decidi assistir.

Foi melhor que o filme do Tolstói. Porém, novamente, foi uma mulher que me chamou a atençao. Mais uma esposa briguenta. O personagem de Morgan Freeman percebeu que nao faria sentido lutar para prolongar a vida por mais alguns meses, entao por que tentar? Ele já tinha vivido muito, feito muito pela família, por fim queria ter alguns dias de paz, sumir do mapa e participar de uma aventura antes de morrer. Obviamente a mulher nao entende nada e joga na cara dele que a família vai ficar ao léu sem ele. Tadinhos dos marmanjos!

Ah, mulheres...

Cinema

Tem gelo demais por toda parte. Além disso, ouvi falar sobre possíveis greves nos próximos dias. Por causa disso decidi nao pernoitar em Hamburgo, e sim no vilarejo onde trabalho. O problema é o tédio. Aqui nao tem nada para fazer.

Terça-feira foi meu primeiro dia de trabalho e minha primeira noite de tédio. Sorte que é dia de "Dr. House" na TV.

Quarta-feira nao tem nada. NADA. Resolvi ir pro cinema. Pelo menos tenho isso. O cinema fica exatamente entre o hotel e a firma. Só tem pipoca doce, mas de resto está de bom tamanho.

Vi que tinha um filme sobre a vida de Tolstói. Incrível! Imaginei que tinha sido um milagre, um filme que descreveria a filosofia nao-violenta de Tolstói para o público, exatamente aquela filosofia que mudou a minha mentalidade há 5 anos. Ledo engano.

Na hora de comprar o bilhete, a senhorinha falou alguma coisa sobre "único" que eu nao entendi bem. Eu perguntei: "eu sou o único espectador?" "Nao, já tem uma pessoa. Ela nao vai mais ser a única na sala". Pensei: "bem... nao é qualquer um que se interessa por Tolstói e pela nao-violência..."

Se você está lendo esse texto, nao perca seu tempo para ver esse filme. Nao digo isso apenas por causa da indecência de certas cenas, mas porque nao dá pra absorver NADA sobre a filosofia de Tolstói. Nao tem nada.

A única coisa interessante no filme foi o comportamento da mulher de Tolstói. Ele caiu em si ao se "converter" ao Cristianismo, mudou sua mentalidade e queria se desfazer dos direitos autorais das suas obras-primas mundialmente famosas, que para ele deveria ser posse de todo o povo russo. Ela obviamente nao entendeu patavina, nao tinha o menor interesse pelos questionamentos do marido e se desesperou com a possibilidade de perder a herança dos filhos. O filme foi um sem-fim de brigas e crises histéricas. Ah, mulheres...

No final do filme eu consegui contar umas 5 almas na sala de projeçao.

Primeiras impressoes depois das férias

As férias acabaram e estou de volta à velha vida.

O aviao nao caiu, cheguei na minha quebrada e comecei a trabalhar. O choque de temperatura nao foi tao ruim quanto eu esperava. Mesmo saltando dos 30 graus em SP para zero em Hamburgo, eu simplesmente nao senti frio nenhum. Acho que este lugar aqui se tornou definitivamente o meu habitat.

A única coisa incomodando é a quantidade de gelo no chao. Nao é neve, é gelo mesmo. A neve derrete, escorre pelo chao e recongela. É pior do que andar num chao ensaboado. Todo dia eu tenho que caminhar 10 minutos para a firma, agora levo 15, calculando cada passo e derrapando muito.

Fora isso, continua o mesmo tédio de sempre.

Fica mais fácil assim?

A preguiça é grande demais. Só de pensar em atualizar cada pessoa que eu conheço com as últimas notícias da minha parte, eu desanimo. Vou tentar com esse blog. Quem sabe funciona dessa vez.